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O monte Pay Sume era um lugar paradisíaco, repleto de bosques verdes e cachoeiras geladíssimas de água purinha. 

De manhã o sol cintilava a neblina e, ao final da tarde, o pôr do sol criava um espetáculo de cores alaranjadas entre as árvores. 

Anoitecia cedo e os Duendes corriam para a gruta, onde havia um portal multidimensional. 

Eles viviam em comunhão com os índios Cataguás, até a chegada dos padres de terras distantes. 

A escuridão corrompe tudo que toca. 

Foi neste período que índios e Duendes entraram em conflito. 

Era comum padres lidarem com magia negra, e um deles sabia um rito que aprisionava Duendes em garrafas. 

O mesmo acabou anos mais tarde, conhecido como o padre que expurgou “todo o mal” da aldeia, saindo-se como herói. 

O Povo Elemental lembra bem desse padre com um Duende preso na garrafa, reforçando a falsa sensação de segurança que a igreja traria aos índios. 

O rito maligno de aprisionamento dos Duendes foi passado de geração em geração até os dias atuais. 

Nenhum Duende entra por livre vontade em uma garrafa, pra isso é necessário magia negra.

Ela aprisiona os poderes dos Duendes, os tornando escravos.

É uma perversidade humana aprisionar um Duende na garrafa.

Foram tempos difíceis e os Duendes que escaparam, foram para o sul do Brasil, onde há também um portal multidimensional, que é guardado à sete chaves. 

Com os Duendes sem poderes para proteger o monte Pay Sume, o local começou a ser povoado, e mais tarde nominado,

São Thomé das Letras. 

A pedra dos Duendes foi pedra roubada e seu portal está sendo destruído a cada extração. 

A energia que as pessoas sentem ao chegar na cidade, vem de uma gruta, onde encontra-se o que sobrou do portal. 

As matas foram destruídas e o pouco de árvores que ainda restam, estão morrendo.

Olhe melhor, não há florestas em São Thomé.

Hoje, há só pedreiras e ninguém prospera.

Os Duendes foram escravisados ou expulsos do monte Pay Sume.

Hoje, São Thomé das Letras é temida por todo reino elemental da Terra e conhecida como

“A prisão dos Duendes”.

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